Viajando de avião com bebês

Viajar com bebês ou crianças pequenas costuma ser um motivo de apreensão para a maioria dos pais, especialmente nas primeiras vezes em que temos de lidar com a situação. Tudo vira um desafio: saber quais roupas colocar na mala, o que levar na bolsa de mão, calcular quantidade de fraldas e trocas de roupa e por aí vai.

Nós já fizemos diferentes viagens de avião com o Lipe, incluindo 3 idas das Filipinas ao Brasil, o que dá quase 24h de voo em cada trecho. Com milhas e experiências acumuladas, creio que posso compartilhar alguns aprendizados com vocês. Vou tentar organizar este post de acordo com as diferentes situações que enfrentamos:

1) BEBÊ COM MENOS DE 1 ANO SEM ASSENTO E COM BERCINHO

Em geral, os pais de bebês muito pequenos ficam apreensivos sobre como eles vão se comportar no avião. Relaxem. O voo mais tranquilo que fizemos foi na primeira ida ao Brasil, quando o Lipe tinha 5 meses. Ele dormiu praticamente o tempo todo e, quando estava acordado, ficou tranquilo no colo ou brincando no bercinho oferecido pela companhia.

Esse bercinho (bassinet) é uma mão na roda e costuma ser oferecido a famílias com bebês em voos internacionais. Faz toda a diferença, tanto para a criança quanto para os pais, que podem viajar mais confortáveis. Os bercinhos ficam nas primeiras fileiras e precisam ser reservados com antecedencia. Quando você for marcar seu assento, solicite as primeiras filas (aquelas com maior espaço para as pernas) e peça o bassinet. Ainda assim, chegue cedo para o check in e reforce a sua necessidade. Se houver outros bebês no voo, as cias podem redistribuir de acordo com disponibilidade e outros critérios, como idade da criança (prioridade para os mais novos).

É preciso também ficar atento ao limite de tamanho e peso do bebe. Lipe viajou até quase 2 anos no bassinet. Como cada empresa tem suas regras, não deixe de procurar esta informação no site.

2) BEBÊ COM MENOS DE 1 ANO NO COLO SEM BERCINHO

Você pode estar se perguntando: mas e se eu não conseguir o bercinho? Calma. Você vai viajar com o filhote no colo, o que pode ser tenso, mas não é o fim do mundo. Quando o Lipe tinha 5 meses, fomos do Rio a Brasília grudadinhos no sling. Ele dormiu o tempo quase todo e foi tudo muito tranquilo.

Nesses casos, a companhia aérea costuma dar um extensor de cinto de segurança para a gente acoplar ao nosso e prender também o bebê. Num voo nacional da Gol, no entanto, eu solicitei o extensor e o comissário me disse que o acessório não estava disponível. Ele me instruiu, então, a colocar o cinto em mim e segurar o Lipe no colo. Segundo ele, este era o procedimento de segurança da companhia.

3) BEBÊ COM MENOS DE UM ANO COM ASSENTO PRÓPRIO E CAR SEAT

Pela regra das companhias, crianças com menos de dois anos não precisam ter assento e podem ir no colo. Mas você pode comprar uma passagem para o seu bebê e instalar a cadeirinha de carro ou bebê conforto no assento. Já voamos com essa configuração em viagem longa e achamos bastante confortável, além do fato de que pudemos usar a cadeirinha no carro dos avós no Brasil. 

Entretanto, não é qualquer modelo de cadeira ou bebê conforto que é aceito e as companhias têm regras bastante rígidas. Em geral, é preciso ter uma etiqueta ou selo dizendo algo como “suitable for aircrafts” or “this item is certified for use in motor vehicles and aircraft”. Você vai precisar mostrar este selo na hora do check-in e provar que sua cadeirinha cumpre os requisitos. Algumas empresas aceitam apenas cadeirinha em que o bebê fique virado para frente. O bebê conforto, nesse caso, é automaticamente excluído L

4) BEBÊ COM MAIS DE 1 ANO SEM BERCINHO

Já aconteceu de não conseguirmos o bassinet numa ida ao Brasil quando o Filipe tinha 1 ano e 9 meses.  Aí sim o negócio foi tenso. Nessa idade, os bebês não dormem tanto e tudo o que eles não querem é ficar parados! Imaginem conter uma criaturinha de quase 2 anos no colo durante 9h de Manila até Dubai e depois por mais 15h até o Brasil. Visualizaram a cena? Pois é. Haja criatividade e paciência.

A principal dica é: tenha em mãos todos os desenhos favoritos do seu filho. No caso de aplicativos em tablets ou celulares, verifique se é possível assistir ao conteúdo offline. Isso é muito importante. Foi graças a esses recursos que conseguimos respirar um pouquinho. Também demos várias voltas com o Lipe no corredor e foi inevitável passar algum tempo brincando naquela copa que fica no fundo do avião.

Tirar um cochilo acabou sendo bem desconfortável nesse caso (para não dizer quase impossível). É que, com os pequenos dormindo no nosso colo depois de muito custo, acaba dando um medo de acordá-los. Então você fica lá meio robô, meio paralisada na mesma posição, tentando descansar alguma coisa. Como a Lei de Murphy impera, é geralmente nessas horas em que a comida chega. Ainda bem que a maternidade nos traz algumas habilidades ninja.

4) DEPOIS DOS DOIS ANOS

Crianças a partir de 2 anos precisam de assento próprio. É a hora em que os gastos aumentam consideravelmente L O lado bom é que eles vão presos direitinho no cinto e você consegue cochilar direito quando eles dormem.


Espero que as informações sejam úteis! No próximo post, vou falar sobre o que levar a bordo e também sobre o carrinho dos sonhos que pode ser despachado como bagagem de mão. Até lá!

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